Casamento Aberto, Quase Escancarado no Sol da Terra

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Foto: Divulgação

Se perguntarmos para 100 homens qual o sonho ideal de Casamento. Qual seria a resposta "quase" unânime? Naturalmente , intrinsecamente , insconcientemente... (e lá vai) os homens querem outras mulheres, além do compromisso. Se todos fossem sinceros nas respostas, eu chutaria que 90% afirmariam que o casamento perfeito é aquele que ele tem a sua "liberdade" assegurada.

Exteriorizando isto, o casal italiano Dario Fo (Prêmio Nobel de Literatura 1997) e Franca Rame escreveram a peça Casamento Aberto, Quase Escancarado (Coppia Aperta, Anzi Spalancata) foi escrito em 1983.

Dá uma olhada na sinopse, que encontrei no site do Teatro Fora do Eixo (que produz o espetáculo) :

"Apesar do tema ser absolutamente sério, o texto é carregado de ironias, provocações e se desenvolve em forma de farsa. É um carrossel vertiginoso de situações cômicas nas quais nos reconhecemos facilmente. Tais situações, tão típicas e grotescas, encontram um caminho preciso através do riso para chegar a uma síntese naturalmente dramática.

Antonia é uma mulher que baseia sua vida na educação conservadora da Europa de seus pais. Pio, seu marido, é o protótipo do marido que pensa ter herdado, via mesma educação, o direito de exercer um tipo de poder que lhe permite ter aventuras “amorosas” sem que isto constitua um motivo de separação. O marido então propõe a mulher, para poderem continuar casados, que tenham um casamento aberto."

É interessante os casais mais libertários dar uma passadinha lá na Lagoa e ver esta peça. Talvez sirva de inspiração. Imagem? Um mundo escancarado e aberto? E o amor? E o sentimento? Para onde vão?

Só assistindo dá para descobrir.
Então, anota aí:

Temporada de Janeiro - todas as sextas, sábados e domingos do mês às 21h no Sol Da Terra Espaço Cultural - Lagoa da Conceição.

Paulera Records em clima Natalino

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

SÁBADO - PRÉ-NATAL

|| by paulera records

|| andrew guetty

|| paulera

[electro.pop.rock.80s.90s.disco.trash]

Horário: 22h

Entrada: R$ 10,00

Chegue cedo e garanta seu lugar!

Plastique!!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Imagem: Mark Kostabi

Lembram que eu disse em outro post que sempre que me deparasse com um flyer criativo ou inusitado eu publicaria? Pois bem... A Plastique que ocorre toda quinta no Jivago nos mostrou nesta semana uma arte muito interessante. Quase uma obra mesmo. E não é para menos, a imagem é do artista e compositor americano Mark Kostabi.

Para quem quer saber mais sobre a balada, entre no Guia Floripa na agenda de Bares e Casas Noturas.

O Coração do Homem-Bomba Zeca Baleiro em Floripa

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Com seu figurino peculiar e voz mutante, Baleiro não só fez um show como nos presenteou com um espetáculo de simpatia no domingo.

Cavalo de Fogo não poderia deixar de ser. De natureza mutável, aventureiro nato e apaixonado pela liberdade, José Ribamar Coelho Santos, o Zeca, fissurado por balinhas e doces e que por isso mesmo virou Baleiro, encantou todos os presentes na mais nova casa de cultura de Florianópolis.

Já adorava a sua música, mas vê-lo pessoalmente é muito mais emocionante e louco. Zeca Baleiro tem uma voz bem mais potente ao vivo do que no CD ou shows gravados. Quem o conhece "em cores" sabe muito bem disso.

Já na primeira música ouve-se uma voz lá do fundo:
- Lindooooo!
A resposta veio na lata:
- "São seus ouvidos!"

Todos morreram de rir, aliás isto ocorreu em vários momentos. Já entrou em cena com um colete brilhante, calça listrada e um daqueles brinquedinhos que "piscam" no escuro. Sempre cheio de graça, Zeca confessou ser o seu primeiro show em teatro e mais ainda inaugurando um teatro. Aproveitou para parabenizar a cidade pela nova "aquisição" cultural. Tudo bem que não dava para dançar nas músicas mais gostosas, mas atrevimento não faltou. Nas laterais, meninas com meninas e casais arriscavam alguns passos.

Bacana foi a iniciativa do cantor maranhense que, para ajudar os desabrigados por causa das chuvas, fez um show extra em formato voz e violão às 18h. No show oficial às 20h30, Zeca Baleiro sobe ao palco acompanhado da banda Os Bombásticos. Literalmente canoro bombástico. São eles: Tuco Marcondes (guitarras e violões), Fernando Nunes (baixo), Pedro Cunha (teclados e acordeon), Kuki Stolarski (bateria e percussão), Hugo Hori (sax e flauta), Tiquinho (trombone) e Hombre Cerutto (trompete).

O Coração do Homem-Bomba, volumes I e II, é o oitavo trabalho autoral da carreira de mais de 20 anos, que conta com cinco DVDs, várias coletâneas e trilhas, participações em vários trabalhos de artistas consagrados da música brasileira, e, até com produção musical Zeca está metido.

Além do mais, o moço sabe muito bem escrever uma letra; nem um pouco fácil de decorar e com pitadas inteligentes de escárnio e poesia. Sabe mais ainda melodiar e misturar os ritmos. Não tem como classificar definitivamente a música do Zeca Baleiro. Ora é samba, forró, reggae, baião, ora é rock, funk, bolero, música eletrônica. E ainda, acrescenta aquele jeitinho só dele de tocar o violão.

Zeca já preparado, antes que lhe peçam já deu a letra com a música Toca Raul, que aliás está disponível para download no site. No tradicional bis ele retorna de camiseta vermelha e sem chapéu melodiando Flor da Pele. O arrepio foi incontrolável.

Sozinho ou com a banda, o cara é demais! Nada mais...

Aviso aos navegantes!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

NB Solidário

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Já que estamos quase virando sapos...

O Nação Balanço, projeto que ocorre toda sexta no Drakkar - Centrinho da Lagoa e comandado pelo DJ Marcelo Pimenta, preocupado com os inúmeros de desabrigados promove uma noite de muita música raíz brasileira em prol da solidariedade.

Ainda rola sorteio de coletâneas NB e surpresas!!!

E para conhecer o projeto é só levar cobertores, roupas, calçados, alimentos não prececíveis - em bom estado - que não paga nada até as 23h30. Sem doações paga R$ 10,00.

Palavras juntas formam? Frases...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Relembrando os tempos de colégio lá no Mato Grosso do Sul... menina do mato mesmo, em que a única preocupação era tomar tereré e reunir os amigos em frente de casa... selecionei algumas frases iguais aquelas que escrevia no diário e no caderno dos colegas de sala. Claro, que hoje as frases são um pouco menos idiotas. Deixa eu ver se lembro de alguma frase bem batida... ah... olha só:

"A vida é mais simples do que a gente pensa; basta aceitar o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável." (Kathleen Norris)

... ou

"Se eu tivesse que viver minha vida novamente, eu cometeria os mesmos erros, só que mais cedo." (Tallulah Bankhead)".

Lembram?
Agora lá vai algumas frases que encontrei por aí por estes tempos...

"Acordar com o gosto de que nunca provou!", esta frase surge do professor Messa na Estácio em uma aula de terça-feira. Todo mundo achou muito poético e profundo.

"Somos crupiês de um cassino desonesto". Adorei! Ah! Esta encontrei de madrugada no blog Estande de vidro do (hoje) amigo Bruno Moreschi.

"Apresa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida!"

"Sempre gostei de andar de salto agulha na beira do penhasco, saboreando o perigo e sentindo o vento borrar minha maquiagem e bagunçar meus cabelos. Costumava correr na beirada, sabendo que um passo significaria o fim."

Vixe! Estas duas últimas não me lembro.

"Vomitava o que nem pensava ter comido. À beira da rua, apoiava uma mão no poste e a outra segurava a garrafa. Limpou a boca na manga e voltou ao bar. Queria esquecer o que nem lembrava mais". Aqui é do blog Minimínimos.

"Com teus pensamentos, atrais, absorves, impulsionas ou rechaças. Com tua vontade, conferes orientação e rumo, apontando para as mais variadas direções!"... Esta é da Evelin Perdomo, ex-mulher do meu ex-marido.

Só para distrair esta quarta-feira à noite de chuvisco!

Respeitável Público de Floripa...

... A mais nova casa de cultura da Ilha abre suas cortinas para ser o palco de espetáculos diversos.

Foto: Divulgação

As contruções começaram em novembro de 2005 e a partir deste mês está pronta e acabada. Fico muito feliz em saber que Santa Catarina investe em cultura muito mais do que em outros estados. É engraçado! Lá em Dourados - MS até há intervenção do governo na cultura, mas é muito difícil. Só quem trabalha com arte e cultura lá sabem o quanto eles (governo) dificultam. Além do mais, os catarinas sem conhecer outras realidades mais precárias (como cidades como a minha) dizem que aqui tem pouca cultura. O interessante é que aqui em Floripa há alguns teatros (citando alguns CIC, TAC, Ubro), já lá tem apenas um e ainda bem mal estruturado. O teatro aqui, pelo menos, é valorizado e recebe vários incentivos se comparado a Dourados.

Coisa boa! Pois pelo que eu li, o novo teatro tem uma área total de 2,6 mil m² e representou um investimento de R$ 5,9 milhões. Sentadinhos cabem 732 pessoas; o sistema de iluminação é composto por 210 refletores com capacidade de 265 mil watts de potência. Com três camarins individuais e dois coletivos, ainda tem elevador elétrico que dinamizará os espetáculos.

Abaixo repasso as informações da assessoria sobre o Teatro Governador Pedro Ivo:

- Com área de 450 m², o palco apresenta uma boca de cena de 7 x 14 metros, o que representa um dos diferenciais do projeto, em função da proximidade do palco, de grandes dimensões, com a platéia.
- O investimento total inclui a obra propriamente dita e mais recursos de cenotecnia e mecânica cênica; revestimentos acústicos; carpetes, poltronas e cortinas; comunicação visual; climatização e urbanização do entorno.
- O projeto contempla uma cortina corta-fogo, elaborada em tecido especial, importada dos Estados Unidos, e cujo objetivo é impedir que a platéia seja atingida por um incêndio iniciado no palco.
- Há também vidros especiais que estouram no caso de incêndio, liberando a fumaça para a área externa.

As apresentações inaugurais foram canceladas devido às chuvas. Apenas o show do Zeca Baleiro foi mantido, no dia 30/11.

X Salão Victor Meirelles: uma reconstrução estética da arte

Mais do mesmo é algo que não se encontra em uma exposição de arte contemporânea. Talvez o único atributo que se encaixaria na premissa mais do mesmo poderia ser o pensamento de algumas pessoas acostumadas com a sensação limitada que a arte clássica transmite ou àqueles milhares de cidadãos impregnadas da infantilização que a mídia acarreta no decorrer da educação básica social. Para adentrar em qualquer lugar onde a proposta é arte contemporânea, primeiro o sujeito deve se libertar de todo pré-julgamento de valor estético.

Muitas vezes o choque é iminente perante uma exposição de arte contemporânea. Aliás, discutir o outro novo, como defende Sueli Lima no livro Experiência Crítica, não é tarefa fácil. Tanto que não há definições, os conceitos ainda são concebidos dia-a-dia tanto por pesquisadores quanto artistas.

O 10º Salão Nacional Victor Meirelles dialoga de forma sutil e marcante com o público por meio de 600 obras concebidas por 29 artistas, entre eles Ricardo Kolb de Joinville, Traplev de Criciúma e Fabiana Wielewicki de Florianópolis. Esta última mostra ao público um trabalho singular que se apropria das técnicas fotográficas para evidenciar um olhar diferente sobre coisas comuns. O trabalho exposto intitula-se 2ª Natureza, brincando com o natural e o artificial, colagens e sobreposições. Uma arte que demole o conceito de belo – muito presente na arte contemporânea -, e nos leva à uma viagem fora do lugar comum.

Fabiana Wielewicki. Azul marinho: díptico, 2007. Fotografia. 50 x 70 (cada)

Afinal, o Salão é um lugar em que a fruição é natural, a aura que Walter Benjamim tanto defende está presente em cada passo dado pelos corredores do Museu de Arte de Santa Catarina - Masc.

O resultado disto é em grande parte responsabilidade do conceituado artista plástico Fernando Lindote, que assina a curadoria de montagem da exposição e, há 20 anos atua no cenário do estado tanto como artista quanto pesquisador.

Passeando pelas salas, ouvindo os comentários avulsos de uns e outros, dá para notar a estranheza, o descontentamento, o deslumbramento e a confusão esclarecedora, dependendo da obra. É realmente a experimentação de uma estética ainda adolescente, até certo ponto desconhecida e pouco entendida.

Numa observação mais minuciosa percebe-se os temas propostos para esta décima edição: paisagem, corpo e objeto. Três palavras que possibilita uma reflexão instigante já que o moderno usa o objeto e o contemporâneo é o próprio objeto. Infelizmente, este entendimento é restrito, as pessoas estão mais preocupadas em ver do que experimentar. A regra é se entregar além da razão, pois querendo ou não a obra de arte do nosso tempo passou a ser tudo e qualquer coisa.

O Salão Nacional Victor Meirelles ocorre a cada dois anos e pode ser visitado até o dia 4 de janeiro no Masc. Paralelo ao Salão, ocorre a Sala Especial – Doraci Girrulat que reúne 10 obras de ex-alunos da artista e ainda ocorre o III Ciclo Museu, Educação e Cultura em Debate.

"Que viagem foi essa, brow!"

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Nossa Senhora da Paz beijou a pele de Floripa ontem com o Cordel do Fogo Encantado no John Bull Pub.

Eu e minha amiga Aline Carrijo fomos juntas no show do Cordel. Algumas impressões compartilhamos com vocês!

Na fila de entrada para o John Bull, quase chegando na esquina, o contraste era total. Uma das casas de rock mais consolidadas da Ilha recebeu nada mais, nada menos que Cordel do Fogo Encantado.

Se fizéssemos uma enquete, provavelmente, bem mais da metade das pessoas que estavam ali não freqüenta o local ou nem mesmo conhece a casa. Dreads e roupas despojadas substituíram os usuais modelitos de última moda. Mas uma coisa não foi diferente: a casa estava lotada. Já a energia, com certeza, era outra - e o cheiro também. É comum o questionamento sobre qual categoria de música eles se encaixam. E a verdade é que Cordel do Fogo Encantado é semelhante a nada mais que Cordel do Fogo Encantado.

Uma mistura fantástica de ritmos, que não se enquadram em nenhum estilo específico. Pular e "ser pulada" ao som de A quebradeira foi indescritível. Confesso que senti saudades das minhas botas! E mesmo munida de calçado mais adequado para se misturar à terceira fila, o pé não ficou ileso. Nas músicas mais agitadas, surgem "movimentos de ondas humanas". Bem diferente de outros shows, em que pular e se misturar nas energias é sinônimo de incômodo. Ali todos estavam em sintonia.

É impossível não dizer o óbvio sobre os caras. Eles são a denominação completa do que se pode chamar de Artista. O carisma e representação do vocalista, José Paes de Lira, a junção da música com o teatro, a empolgação e a alegria das pessoas fizeram do show um espetáculo completo. Ou quase completo. A verdade é que eles mereciam um local bem mais apropriado. Seus shows são sempre regados de performances que precisam de bastante espaço, o que não havia ali. A acústica também deixou a desejar. A voz de nosso querido Lira ficou abafada. Mesmo assim, a banda não decepcionou os fãs e acendeu o fogo encantado do Cordel.

Independente dos pequenos problemas estruturais, não há dúvidas de que o som da banda balançou até mesmo os Beatles, Jimmy Hendrix e Rolling Stones pendurados nas paredes.

E viva Canudos!!!

Ventania mais uma vez deu um show no luar do bar De Raiz na Joaca

O hippie viajante deixou sua mensagem de ideais de liberdade

Foto: Dani Medeiros

O cara é diferente, "mutcho loco, locomélo" e cheio de músicas de um CD só. O dia todo foi de chuva, mas São Pedro deu uma trégua ao anoitecer. O outro show feito pelo cantor de São Tomé das Letras (Confira a coluna que eu escrevi no Guia Floripa), em março, estava bem mais lotado, mas não tinha uma lua como a da última quinta-feira. Como era de se esperar, o maluco começou a tocar já na madrugada. O show estava bem intimista, pouca gente, mas muita energia boa. A lua cheia estava delirante, havia uma auréola colorida impressionante, dá até para fazer uma analogia leiga de um arco-íris em volta da lua. Bem viagem de maluco, mas tudo bem. A verdade é que noite já valeu a pena pelo céu.

Foto: Dani Medeiros

O show percorreu todos os grandes sucessos de Ventania: Cogumelos Azuis, Só para Loucos (caretas não...), A Malucada Pirou, Cama de Micróbio, Maluco de BR, O Diabo É Careta... entre algumas outras.

Já o De Raiz me surpreende a cada ida, o palco está estruturado mais no alto, uma grande e ampla pista com algumas cabanas na periferia, iluminação bacana e cerveja bem gelada. Timba e companhia merecem o reconhecimento, a casa evoluiu bastante. Além do visual maravilhoso das dunas da Joaca, claro.

O Ventania ganhou tanto reconhecimento no Brasil todo que até já sentou na poltrona do Jô. Uma surpresa para os que vomitam a idéia de que os "micróbios" são excluídos da grande mídia. Confira no youtube a entrevista exclusiva que o Ventania cedeu ao Jô Soares em agosto de 2007.

Show do Cordel do Fogo Encantado em Floripa

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Esta foto é de divulgação. Para ver mais fotos entre no site!
Quinta-feira (20) tem Cordel do Fogo Encantado no John Bull Pub nas Rendeiras. O grupo apresenta a magia da cultura nordestina em um show cênico que mistura teatro, música e poesia.

Aqui em Floripa o espetáculo O Show faz um passeio cênico pelos três álbuns já lançados Cordel do Fogo Encantado, O Palhaço do Circo sem Futuro e Transfiguração. A mistura sonora ousada de instrumentos percussivos com a harmonia do violão raiz e a poesia faz do grupo uma referência da música cultural brasileira.

Retirei uma pequena citação do site oficial do grupo:

"A magia do grupo que narra a trajetória do fogo encantado, soma-se a presença cênica de seus integrante e os requintes de um projeto de iluminação e cenário".

No palco: José Paes de Lira (voz e pandeiro), Clayton Barros (violão e voz), Emerson Calado, Nego Henrique e Rafa Almeida (percussão e voz).

Achei o vídeo da poesia Ai Se Sesse:




Se oriente!!!

Onde e Quanto
John Bull Pub - Av. das Rendeiras, 1046 - Lagoa da Conceição. Quanto
Antecipado no local e na loja Beagle (Shopping Beira-mar) por R$ 20,00. Na hora é outro valor.

Horário
A casa abre às 21h30.

Site oficial do John Bull Pub Floripa

Viva a Criatividade!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Fico impressionada com o vasto material gráfico produzido pelos organizadores de shows, festas, espetáculos... aqui em Floripa!

Para compartilhar com vocês estas boas idéias visuais, vou postando os flyers que eu receber e achar que merece um post especial!

Já para começar, selecionei alguns que eu guardei na minha gaveta digital:

Clube da Luta na Confraria

Exposição do Koostela no Blues

Clube da Luta na Célula

Projeto Cool Moviment no Vecchio Giorgio

Em breve mais obras de arte!!!

100 anos de cartola e 50 anos de Bossa Nova



O Armazem Vieira em parceria com o Rancho do Neco apresenta a Velha Guarda da Consulado, o Coral do TRT, Juju Moura, Carlos Panthera, Neco, Reizinho e convidados...

A noite em dose dupla contempla dois dos grandes gêneros da música brasileira: Bossa Nova e Samba.

A união surge para homenagear os 100 anos de Cartola e comemorar os 50 anos da Bossa Nova!

"Se joga"! E lá vai uma dica: Na hora os ingressos serão R$ 15,00.
Então, para economizar aproveite e passe no Armazem Vieira ou no Rancho do Neco e compre por R$ 10,00. A economia já rende uma cervejinha lá dentro.

Sejam Muito Bem-vindos! O show vai começar: Paulo Vasilescu

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"Em uma cidade como Florianópolis, em que fazer arte é f***,
estar há um ano com o mesmo projeto em uma casa noturna,
em pleno meio de semana, e ainda mantendo o púbico e a
satisfação de todos, é uma vitória", diz Paulão.

Paulo Vasilescu, alguns anos de idade e 15 de palco, ator cheio de idéias na cabeça e ousadia para realizá-las. Claro, é fácil ter idéias... todo o mundo tem "imaginação fértil". Porém, poucos conseguem pô-las em prática e ter sucesso. Paulão, para os íntimos, sem dúvida é um dos maiores artistas de Floripa. Já realizou vários trabalhos e agora comemora com êxtase o aniversário de um ano de Zoológika (um dos seus vários projetos).

Rua Pedro Ivo, número 147, Centro de Florianópolis. Uma porta com letras em estilo manuscrito, Blues Velvet... ao passar pela porta, um tipo de interfone. Aperta-se o botão vermelho e abre-se a grade que dá acesso às escadas que chegam ao bar. Ao subir as escadas, entra-se em um novo ambiente de vida noturna: alternativo e com total liberdade de expressão.

A personagem Zuleika traz um show sarcástico e crítico. Possui pitadas exacerbadas de humor, é muito performático, cultural e informativo. No palco, Zuleika se transforma em mil e intercala pequenas esquetes, com seus famosos sets musicais. É admirável o alto teor de criatividade.

A idéia é ser um programa com platéia participante, Zuleika conversa realmente com seu público e o público retribui à mesma altura. Como dizem, "o show mistura humor e horror; ficção e realidade, bom gosto e mundo cão". No telão, um repertório bem diversificado e fora da cultura de massa: alguns clipes estrangeiros em francês, espanhol, reportagens e vídeos alucinantes, filmes cult...

Espetáculo Vidas Divididas: até onde você vai para conquistar o sucesso?

domingo, 9 de novembro de 2008

Peça aborda a história de três pessoas que buscam "crescer na vida". O único problema é qual o preço disto?


Preciso concordar com Walter Benjamim quando ele afirma que o teatro é uma das únicas formas de arte que mantém sua aura intacta, já que a aura depende do hic et nunc. Sinto isto quando vou ao teatro, ele não suporta reprodução alguma, ali pode-se sentir claramente o processo de criação original e não uma reprodutibilidade técnica. Assim foi o último sábado no CIC com a peça Vidas Divididas.

Dois grandes nomes da dramaturgia nacional garantem a direção e o texto, que são assinados por Marcos Paulo e pela portuguesa Maria Adelaide Amaral, respectivamente. No elenco, Henri Castelli, Antônia Fontenelle e Fernanda Vasconcelos.

O choque inicial dá-se no primeiro ato, Marisete - interpretada por Fernanda - levanta da cama só de calcinha e, naturalmente, se veste com uma camisa de Nelson. Neste primeiro contato com o público há olhares arregalados de alguns mais conservadores.

O enredo conta a história de três pessoas - todos de origem pobre - que trabalham juntas na mesma empresa. Para ambientar o leitor, vamos aos estereótipos de cada personagem: Nelson é executivo, egoísta e só pensa em ser "alguém na vida" e para conseguir vale tudo; Marisete é subsecretária do chefe de Nelson, se veste de forma estranha, não tem o português correto e "fica" com o Nelson, pelo qual ela é apaixonadíssima; Gisele, ou melhor, Gilberto adora ópera e sonha com a cirurgia que libertará o seu "eu" daquele "negócio", e para isso ela subloca o apartamento para Nelson e faz shows em boates.

A dialética que surge no decorrer do espetáculo nos faz pensar na quantidade de pessoas que se apropriam da ideologia de Nelson para crescer e obter sucesso. Nelson usa as pessoas como se fossem objetos descartáveis, ele termina o relacionamento com Marisete e, com seu mau caráter, consegue ser promovido, ganha um estágio no exterior e ainda casa-se com uma mulher rica. Mesmo assim no final ele não está feliz. Gisele torna-se amiga de Marisete e ensina-a a ser uma mulher elegante, educada e culta. A trama se passa em um único cenário, com pouco efeito de iluminação e algumas trilhas sonoras de óperas e músicas de Roberta Miranda, por exemplo.

O espetáculo consegue arrancar algumas gargalhadas da platéia e nos faz refletir sobre as atitudes que algumas pessoas adotam para si como verdade; sendo cruéis e falsos para conseguirem o que querem. E você, o que faria para ter sucesso nesta vida? Vale a pena passar por cima de toda a ética social e bom senso? Fica a polêmica e a realidade levantada pela peça.

Gravação do DVD da Expresso Rural no CIC

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Depois de 25 anos, uma das grandes bandas dos anos 80 no estado retorna em show único.

A música catarinense ganhou mais uma produção de qualidade na última quinta-feira: Gravação do DVD ao vivo da banda Expresso Rural. A banda é considerada um dos ícones do cenário musical dos anos 80, e ainda hoje, depois de 25 anos, carrega uma legião de fãs para o seu show. No ano de 1981 começa a história deste grupo, em 1995 eles resolvem parar e a partir daí só há participações e shows especiais. Entre altos e baixos, shows internacionais, encontros e desencontros, acabam se unindo novamente para novos trabalhos. O reconhecimento do público é unâmine. No CIC lotado, entre uma poltrona e outra, "entões" e remanescentes mais novos curtindo um bom dedilhar de viola e um grupo de amigos que reafirmam a premissa do poeta: "O tempo não pára".

No palco, a formação original: Daniel Lucena (voz e violão de seis cordas), Volnei Varaschin (voz, guitarra, harmônica e violão seis cordas), Paulo Back (voz, contrabaixo e violão), Zeca Petry (voz, guitarra, violão 12, violão nylon, cajon). Para cantar Nas Manhãs do Sul do Mundo e Dança Molhada o baterista Marcos Ghiorzi entra em cena, ele que fez parte da primeira formação e agora mora em São Paulo. Para substituir Marcos, Ricardo Malagoli assume a bateria do Expresso Rural. Nos sopros temos Tayrone Mandeli tocando sax alto, sax tenor e flautas - que participou do primeiro e segundo CD. Com certeza, em memória ali no palco também estava presente Márcio Correa (teclados) - o músico que acompanhou a banda desde 84 até o fim de sua vida em 2006.

Inspirados na música country, rock rural e pop, o Expresso Rural trouxe o gostinho das bandas que não voltam mais. Suas letras, ora românticas ora mais dançantes, trazem uma mistura instrumental e de vocais que impressionam, difícil de serem copiadas. Bem pudera! No palco, somente grandes músicos. Já ouvi dizer que o som deles era uma grande novidade para o mercado catarinense dos anos 80; creio que continua sendo.

A platéia cantou junto em várias composições. Aliás, o público está de parabéns, barulho e alvoroço não faltaram para o DVD, que apresenta todos os grandes sucessos em versões acústicas dos três CDs já gravados: Nas Manhãs do Sul do Mundo (1983), Certos Amigos (1985), Ímpar (1988) e Romance em Casablanca (1993). Claro, que os extras serão dignos de boas lembranças para quem conhece o grupo desde o início.

Assim, ficamos na expectativa para ver o produto final nas lojas e prestigiar mais um trabalho desta banda que permanece nos corações de várias gerações.

Fica uma canção para recordar este dia:

♪ Quando o coração teimar que sim
O melhor é se deixar levar
Vai dar tudo certo com você por perto
Me dando num beijo o dom de voar.
Um dia eu quero voar ir longe no céu
Buscar uma estrela pra te dar
Ah, meu amor vem me iluminar, clarear meu dia
Muito prazer, meu nome é amor
Tudo que eu quero em tudo é simples harmonia. ♪

Cinema e Show no Blues todo domingo

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Feira de Artesanato Contemporâneo & Design

segunda-feira, 3 de novembro de 2008


Os bons apreciadores de arte e cultura tem a agenda fixa no próximo final de semana, é o Floripa Feira Mix, uma feira de artesanato com diversos produtos, ala esotérica, arte, massagem, cabelereiro infantil, moda, cultura, gastronomia, bebidas e muito mais.

A feira traz shows de música por todo o dia com a banda Stereo Tipos, as duplas Meg & Nil e Tatiana Cobbett & Marcoliva; apresentação de dança infantil, bandas do Espaço Cultural Sol da Terra.

Os papais que estiverem afim de ir podem ficar tranquilos. Para a criançada tem brinquedos com tobogãs de sete metros de altura e uma fazendinha com pôneis e mini vaquinhas.

Serviço
Dias 15 e 16/Nov/08
R$ 3,00
Das 12 às 22h no estacionamento do Café dos Araçás

Começa o 10º Catavídeo!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008



Novidade é o que não falta no 10º Catavídeo. Uma semaninha inteira com o que há de mais criativo e novo no audiovisual catarinense. Serão cerca de 100 vídeos somando quase 13 horas de produções realizadas no Estado, muitos deles ainda são inéditos. Além da programação oficial, serão oferecidos cursos e oficinas profissionalizantes, mesas de debates e mostras alternativas. O evento ocorre no Sesc Prainha, em Florianópolis, de 31 de outubro a 7 de novembro.

Vários lançamentos, oficinas, trocas de experiências e acima de tudo um canal livre de exibição e discussão entre profissionais do meio, realizadores e o público espectador.

Confira a programação no site oficial do Catavídeo!!!

E ainda, tem Festa para comemora a abertura
Dia 31/10/08 - Clube da Luta

A festa comemora os 10 anos de Catavídeo junto com os 10 anos da formação do Grupo Pintô Sujera

Shows:
- Gubas e os Possíveis Budas
- Missiva
- Coletivo Operante

Fundação Hassis: um museu de fruição

terça-feira, 28 de outubro de 2008


“Um dos mais inquietos artistas plásticos que já tivemos...
senhor de uma carreira em contínua mutação de temas e formas,
um experimentador sempre quebrando o dia de ontem,
inconformando-se hora após hora”

(Editorial de ô Catarina! Jan.fev. 2001)

Hiedy de Assis Corrêa, o Hassis não foi um artista qualquer. O homem vanguardista com sede de senso incomum é uma das grandes mentes artísticas do estado.

Hassis ganhou um Museu em sua homenagem que reúne um acervo bem diversificado e abrangente, que dialoga atentamente com o público. A Fundação Hassis em Itaguaçu é uma instituição cultural que respira e inspira arte. O "conteúdo" da casa traz uma aura que nem Walter Benjamim pode duvidar.

O artista viveu e trabalhou ali de 1969 até 2001, ano de sua morte. Na sala de entrada, o público é recebido por pinturas em tela e uma porta que "fala" mensagens subliminares mudas e gritantes ao mesmo tempo. A parede parece uma obra inacabada, mas na realidade foi pedido de Hassis deixar o cimento prensado entre os tijolos à vista. O muro da frente é baixo e convidativo, a casa de dois pisos também nos trasmite a essência do artista. Todo o rés-do-chão abrigava o ateliê.

Claro que o local sofreu algumas reformas para se adaptar ao museu, mas mesmo assim a estrutura está intacta. Há sala de exposições de longa duração e temporárias, arquivo de fotografias, filmes e documentos em papel, espaço multimídia e sala de projeção, espaço para oficinas de artes plásticas, dança e teatro.

A Fundação abriga o museu, arquivos, auditório; promove oficinas, atividades de difusão cultural como seminários e exposições. Pelos cômodos estão pinturas, desenhos, gravuras, painéis murais, repoduções, filmes, fotografias, obras em papel e recorte e até esculturas. Todas formadas entre 1944 e 2001. Além das obras imortalizadas de Hassis, a Fundação abre espaço para novas mentes inquietas da arte catarinense contemporânea.

Para melhor entender a vida e obra de Hassis pode-se agendar visitas guiadas em que um profissional conduz a leitura de cada obra.

Serviço

Fundação Hassis

Endereço: Rua Luiz da Costa Freylesben, 87 (próximo ao edifício do DC) - Itaguaçu - Florianópolis.

Como Chegar: do terminal do centro (TiCen) vá até a Plataforma B, pega o Abraão ou Itaguaçú. Por volta de 15 minutos já está no local de desembarque. No ponto do DC apete a campainha. Suba uma quadra e vire a esquerda, a rua terminará e te obrigará a virar a direita, suba mais um pouco e pronto. Destino certo: a casa de Hassis.
Quanto: Dependendo o ônibus faz integração.

Horário de visitação: de segunda a sexta-feira 8h ao meio-dia e das 13h às 18h.
Visitas guiadas podem ser agendadas - com turmas ou individuais. Para agendar visitas, entrar em contato com a Divisão de Ação Educativa do museu por meio do telefone (48) 3348-7370 ou pelos e-mails: contato@fundacaohassis.org.br e secretaria@fundacaohassis.org.br.
Site Oficial.

Zoológika no Blues Velvet

Zoológika transforma-se e sai do casulo em três programas diferentes que vão se intercalar toda terça-feira.

Criatividade é pouco para o que faz a mente inquieta do ator Paulo Vasilescu. A personagem drag mais inusitada da Ilha, a Zuleika, ganhou vida própria e agora ninguém segura, nem mesmo o seu criador. É bem a história de que às vezes a criatura domina o seu criador.

O projeto Zoológika que começou há alguns anos, agora se multiplicou em três programas diferentes que serão apresentados no Blues Velvet toda terça-feira pontualmente às 22h. Um dos programas O La Gonga é um show de calouros em que a grande final será em dezembro. Esta temática imortaliza um verdadeiro show de calouros promovendo uma interação difícil de ver nas baladinhas tradicionais da ilha. Na noite não há barreiras entre as pessoas; é como se fosse uma grande família ali reunida num boteco qulaquer de um canto aleatório. O La Gonga adapta os programas de calouros realizados pelo eterno Chacrinha e o Sílvio Santos. Uma febre nacional em um certo tempo. A apresentadora também dá um show à parte.

O proprietário do Blues Velvet, Gil Eanes abre esse espaço para que gente do bem como o ator Paulão faça seu trabalho com propriedade, apostando numa noite alternativa com programações bem variadas. Não perca por esperar.

Otras cositas más

Pergunto: "Como há tanta criatividade nessa cabeça?". Ele responde: "Noites incansáveis em claro!". Só podia mesmo. Como eu disse no começo, serão três projetos: A Casa da Boneca Bizarra, Rádio Zuleika e La Gonga. Como não fui em todos, ainda não posso tecer comentários com mais propriedade. Mas o diretor Renato Turnes está com um trabalho bacana sobre A Casa da Boneca Bizarra. É só clicar aí no vídeo para conferir.

Cultura nos dias de hoje?!?

terça-feira, 21 de outubro de 2008



"Senza cultura e la relativa libertà che ne deriva, la società, anche se fosse perfetta, sarebbe una giungla. Ecco perché ogni autentica creazione è in realtà un regalo per il futuro." (Albert Camus)

Foto de DoNy (cc by).

Bistrô Isadora Duncan: o restaurante mais romântico da Barra da Lagoa

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dia de lua cheia, data especial, companhia agradável... esta é a composição mais do que perfeita para um jantar a dois.



Particularmente, o Bistrô Isadora Duncan é o lugar mais romântico de Floripa. Claro que o momento e a companhia são elementos fundamentais, aliás, o mais importante, mas o ambiente ajuda também. Ao chegar no bistrô, sobe uma escada de madeira bem bonita e entra-se em um lugar mágico, ideal para quem está apaixonado e quer agradar a sua amada. Meninos de plantão, digo com propriedade, levar sua namorada, paquera ou esposa no Bistrô Isadora Duncan, é um presente muito além de especial, é magnífico. Pode achar exagero, mas não é.

São dois ambientes, o interno e o externo. No ambiente interno, uma lareira climatiza o ar, algumas poucas mesas e, ao invés de velas, uma lamparia mais moderna sobre a mesa, mas que dá a mesma sensação da milenar vela. A decoração rústica, o crochê, as cores, a lareira, a vista para a paradisíaca Lagoa e a música ambiente são elementos que fundidos causam deslumbramento pleno.

No ambiente externo, a vista é nada mais do que a Lagoa da Conceição, uma paisagem que por natureza já é sinônimo de bem-estar e alegria. Em dia de lua cheia, fica ainda mais mágico. O cardápio dotado de uma elegância admirável, traz vários pratos deliciosos.

O meu pedido não poderia ser outro, Lagosta Divina que é filé de lagosta, na manteiga de alho porô, arroz negro, batata soutê e legumes. Uma combinação bem gostosa. Aconselho. Já para quem não gosta de frutos do mar, tem o Filé Isadora Duncan, que é composto por filé mignon, molho ao funghi, batata soutê e arroz branco... uma delícia também. Para acompanhar, pedi um drink de côco. Logo que chegamos, sentamos bem no cantinho do lado da lareira, como estava frio, o lado de fora não estava aberto para o jantar. Mas dali, conseguíamos ver toda a vista da lagoa.

O bistrô é um feito de Amauri e Greg, uma dupla que tem a sensibilidade exata para construir um lugar como o Isadora Duncan e manter com carinho e amor. Inegualável e intimista, é uma excelente escolha para um jantar romântico.

Isadora Duncan

A bailarina homenageada pelos sócios proprietários, Amauri e Greg, teve uma vida espetacular e modificou toda história da arte, foi ela que começou a difundir a dança moderna. Ao invés do balé clássico, Isadora buscava um dança mais livre, sem meias e sapatilhas, até mesmo descalça e apenas com roupas leves. A inspiração da bailarina vinha da natureza. Isso se passou no século XX na Europa.

Uma mulher diferente de todas do seu tempo. Infelizmente, ela morreu de forma curiosa e trágica, estava no conversível no banco de trás e o seu xale do pescoço enroscou nos pneus, assim ela foi estrangulada.

A artista revolucionária disse: "Prefiro viver de pão preto e vodca e sentir-me livre, a gozar as delícias da vida americana sabendo-me prisioneira. Na Rússia, temos liberdade. O povo americano ainda não sabe o que é isso..." Essa foi uma das últimas entrevistas em que ela justifica a sua mudança dos Estados Unidos para União Soviética.

Seu Jorge

terça-feira, 14 de outubro de 2008



Apesar da expectativa grande, o show não foi lá aquelas coisas...

Cinema no Domingo!!!


O reduto da cultura alternativa e cult agora traz uma novidade para alegrar o domingão: É o Cine TelaBrasil no Blues Velvet.

O espaço transmite gratuitamente vídeos, curtas, documetários, filmes...

Serviço?
Todo domingo a partir das 20h.

Dazaranha estréia nos palcos do Nação Balanço


Excelente música, noite fresca, Nação Balanço, amigas, dança, alegria e alto astral... esta foi a noite de sexta-feira.


O projeto que ocorre toda sexta-feira no Drakkar, ali no Centrinho da Lagoa, recebeu a banda Dazaranha. O clima deixou a noite ainda mais perfeita para uma boa balada: ar fresquinho e Lua Crescente surgindo por entre as nuvens. Daza com Nação Balanço? O que poderia resultar desta mistura? A pergunta é complexa, mas a resposta é natural. Simplesmente uma noite de muita energia positiva.

O Drakkar foi reorganizado e ficou bem melhor, com mais espaço. Muita gente bonita, animada e aberta para as experiências de uma noite de primavera não tão quente. A casa lotada reuniu pessoas de todas as idades, todos com muito gás. Um povo que curte dançar, cantar, sambar, rebolar e o mais importante, se divertir. No palco, Daza arrasa sempre. O público unânime nas cantorias, todas as letras na ponta da língua, afinal a Tribo Daza não perde um show da banda. Um episódio que marca esta paixão do público: em uma das músicas o microfone pifou. Acha que o show parou? Nada. A galera continuou o show com o gogó em alta. Mais uma vez, fico impressionada com a magnitude do som e da energia. Nação Balanço com Daza resultou em uma festa mais do que animada, absolutamente divertida.

O espetacular DJ Marcelo Pimenta acreditou na idéia de uma confraternização entre pessoas que curtem cultura e arte de forma mais ampla e com fé em todos os santos, Pimenta já caminha para o terceiro ano do projeto Nação Balanço. Então, O NB torna-se um encontro de raças, gente astral, do bem e como pano de fundo bastante musicalidade misturadas; bem como uma colcha de retalhos colorida. Toda a "urucubaca" do stress do cotidiano vai embora ao som de um sambinha e suas vertentes. Tudo muito bem mixado pelo DJ Pimenta, que aliás acabou de chegar de Brasília, onde fez alguns shows.

Túlio Piva - Pandeiro de Prata

quarta-feira, 1 de outubro de 2008



O Documentário da Vinil Filmes, uma sssociação cultural fundada em 2005, fala sobre a vida e obra do compositor e sambista gaúcho Túlio Piva.

Jazz no Blues Velvet

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Quem disse que Floripa não tem opções está bem por fora do que rola nas noites da Ilha.

Para quem curte um clima mais cult e alternativo, o Blues Velvet, ali no Centro, toda santa quinta-feira, apresenta JAZZ. Quem diria? O Jazz , uma manifestação artística-musical estadunidense, ter espaço fixo nos dias de hoje aqui em Floripa.

Um dos elementos essencias é a improvisação. E já há algum tempo, Ralph Warren Trio e convidados fazem isto e muito mais tocando os standartes do genêro. No palco: Ralph Warren (guitarra), Mauro Borghezan (bateria), Rafael Calegari (baixo) + Gian Thomasi (saxofone).

O Horário? O bar abre logo pelas 21h30, mas o show está marcado para às 22h. Ah! A entrada é bem em conta, apenas R$ 8,00.

O quê? Não conhece o Blues Velvet? Ai, ai, ai...
Vamos lá: a decoração lembra um pub britânico que mistura arte, cultura e criatividade. O espaço apresenta exposições fotográficas e artísticas; no telão vários videoclipes cults raros, raros mesmo. Ora são desenhos de época, vídeos de gentes esquisitas ou de músicas mesmo. Tipo aqueles vídeos que não se vê em qualquer canto.

Ah! Para quem gosta de uma boa cerveja, ali tem as melhores e com preço bem acessível. Por favor, reparem no cardápio na parede.

Quem já foi comente e quem não foi... vá e comente também!

Para chegar até lá, entre no portal Guia Floripa e veja o mapa.
Quer saber sobre outros bares na quinta? Acesse o Guia Floripa também.

Bons Ventos!!!

Olhe! A rua é mais do que uma rua...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

“Tenho que comprar leite”, “Não quero mais meu marido”, “Ai, meu Deus, tenho prova e vou chegar atrasada”, “Que saco subir esse morro todo dia”... na rua são pensamentos soltos e entrelaçados que se passam todo santo dia. Pessoas e pessoas que estão indo para todo lugar. Escola, trabalho, passeio. Gente preocupada, aliviada, estressada... Oh! Como são infinitos sentimentos no andar da rua.

Na minha rua, em especial, sempre que passo por ela sinto aquele cheiro gostoso de conforte, sabão em pó... cheiro de roupa limpa. A lavanderia de porta rosa. Todos os dias vejo aqueles gatos em meio às roupas dos vários universitários, meninos e meninas que, ou tem preguiça de encarar o tanque, ou é folgado mesmo.

E a lavanda que dona Marieta mergulha na roupa se alastra pelos quarteirões inteiros. Emanando aquele cheiro gostoso, que até bate aquela saudade de casa, da mãe e do aconchego do lar, que pelo destino é em outra rua, bem, bem distante.

Mas todo santo dia, a lavanderia está cheia. Cheia de roupa suja e imunda. E cheia de gente de todo lugar do mundo. E os gatos pretos, pardos, malhados, brancos fitam o meu passar todo santo dia.

Eles são os donos das ruas. Lembro de madrugada. Quem está nos arredores são os gatos. Benditos gatos. E a rua de casa fica sempre mais bela.

Ah! O cheiro. As ruas tem uns odores peculiares. Ali na rua de casa, além do cheirinho bom de roupa limpa, tem o cheiro das rosas de um quintal bem cuidado, da dona Lua. Rosas brancas, vermelhas, flores espetaculares que desconheço... são seres que perfumam a minha pequena rua ladrilhada de hexágonos de concreto. Apesar do cimento cinza é imersa de cores.

Sempre uma vez e outra também me passa rostos familiares na rua perfumada. Possíveis vizinhos, passantes com o mesmo horário, rostos que acabam se tornando conhecidos. E de repente, você se vê proclamando um belo bom dia, um oi tímido e até um: “e aí vizinho! Tudo bem?”.

Ruas perfumadas. Oh! A rua de casa é tão bela. E as pessoas que passam por ela são mais belas que as feras. Pessoas perfumadas andando pela rua perfumada. E todo dia buscando algo. Indo para algum canto. Vidas que em um momento se entrelaçam e se passam tão perto uma da outra. Que chega a sentir a energia dela, a aura, o humor do dia, e até consegue perceber qualidades e defeitos, entre um passar e outro. Coincidência engraçada! Passar pelas ruas e ver as mesmas pessoas.

Querendo ou não a rua sempre está ali: parada e móvel. Ela é a passarela de todo infortúnio e alegria. Todo desatino e felicidade. É através da bendita rua que vivemos a nossa vida, é por ela que chegamos na casa do bem amado, do emprego e deslumbramos a beleza da natureza.

É engraçado como algumas cidades têm suas ruas tão diferentes. Florianópolis tem um quê para morro, percebe-se logo que rua plana é balela por aqui. Aliás, ando bem, tropeço e encaro a rua todo santo dia. Desce o morro, sobe o morro.

A rua vai se esvaindo até se transformar em servidão. Como há ruas assim pela Ilha da Magia. Parece até que são feitas de pouquinho em pouquinho. É delirante. Servidão, travessa... são ruazinhas, filhas das avenidas. Talvez até há uma certa inveja. O movimento não é o mesmo e nem poderia ser. A servidão tão pequenina olha a grande avenida com certo desamor. E reza para que um dia, seja assim como ela. Cheia de bastante carros e milhares de pessoas: indo e vindo, indo e vindo.

Terra, cimento, sol, lixo, pobreza, esgoto, idosos, crianças.. rua, avenida, servidão, travessa, beco, gueto... Tudo bem no meio da rua.



Foto: Capa de 1908


(Crônica inspirada na obra A Alma Encantadora das Ruas escrita por um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, João do Rio, que nasceu no dia 5/8/1881 e morreu no dia 23/6/1921)

"Ó abre alas que eu quero passar", como dizia Chiquinha

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Começo este blog com uma das marchinhas mais famosas da nossa manifestação popular, o Carnaval, para mostrar que "estou chegando" neste universo bloguístico.

Confesso, que esta ferramenta nunca me deslumbrou! Mas, "estou" universitária e o professor Rogério quer um blog até o final do semestre! Então, o Blog Por Aí surge com o intuito acadêmico, mas pode muito bem me surpreender. Assim como vocês, internautas, estou ansiosa para ver o que virá Por Aí !!!

A idéia é mostrar um olhar intrínseco sobre coisas Por Aí: Cultura, Arte e Informação. Este tripé permeará todo o conteúdo do blog.

Assim como o mito do Enigma da Esfinge Egípcia: "Decifra-me ou Devoro-te"!

Sejam todos muito bem-vindos!